sábado, 18 de julho de 2009

15 anos de Plano Real


15 anos de Plano Real

No mês de julho de 2009 o Plano Real fez 15 anos de existência. Na minha opinião, um bom plano que foi executado de forma errada, causando perda salarial, falências de mais de 14 mil empresas, deixando uma grande massa de desempregados nunca vista no País e aumentando a concentração de riquezas. Porém, com o Governo Lula, o Real tomou um rumo, aumentando o poder de compra, fazendo surgir novas empresas e fortalecendo as que já existem, gerando emprego e diminuindo sensivelmente a concentração de riqueza. Tudo isso ainda não no patamar mais justo, mas nunca visto nos últimos 20 anos. Isso é fato e deve ser reconhecido. O Governo Lula realmente deu nova visão ao Plano Real e tornou-o menos elitista, menos neo liberal e mais nacionalista.

Quem viveu intensamente a origem (Governo Itamar Franco) e a condução do Plano Real (em todo Governo Fernando Henrique Cardoso - FHC) sabe que foi um equívoco a paridade da moeda nacional com o dólar e também o pouco tempo de preparação de nossas empresas para concorrer com outras várias multinacionais que estavam chegando com mais qualidade. Sem falar das desastrosas e polêmicas privatizações das empresas nacionais, muitas dando lucro e vendidas a “preço de banana” (muito baratas), como foi o caso da Vale do Rio Doce.

Lula realmente deu uma nova dinâmica ao Plano Real, deixando nossa economia muito mais sólida e menos dependente do capital internacional, fortalecendo nossas empresas e gerando recordes de emprego e de inclusão social, apesar de toda grande carga tributária (atualmente, algo em torno de 35% da riqueza nacional vem de impostos) e das inúmeras mazelas sociais (muitas têm diminuído em maior ou menor grau, como analfabetismo, desemprego, natalidade, etc) ainda existentes no País. Mas, pelo menos, estamos no caminho certo de melhoria econômica-social que, para chegar a níveis de primeiro mundo levará realmente um tempo, como ocorreu nos países desenvolvidos (e olhe que neles ainda existem, como, por exemplo, nos EUA em que há mais de 30 milhões de miseráveis). O importante somos nós, cidadãos brasileiros, continuarmos buscando um Brasil melhor, reivindicando melhorias e reconhecendo conquistas, agora que o País encontrou um rumo pouco ou jamais visto na história nacional.

Texto de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – 18.07.2009

domingo, 12 de julho de 2009

Dom Fernando sucede Dom José: decisão certa do Vaticano!


Dom Fernando sucede Dom José: decisão certa do Vaticano!

Depois de 24 anos à frente da Arquidiocese de Olinda e Recife (AOR), Dom José Cardoso Sobrinho (foto à direita) passa a sua administração para Dom Fernando Saburido (foto à esquerda). Dom Fernando Saburido foi nomeado no dia 1º de julho de 2009 pelo papa Bento XVI, que aceitou o pedido de renúncia de dom José Cardoso, que prescreve a renúncia (uma espécie de aposentadoria) do bispo ao completar 75 anos de idade. Dom José completou 76 anos no dia 30 de junho de 2009. O que esta mudança representará para os fiéis locais e a própria Igreja Católica? Não tenho a menor dúvida: mais diálogo. A escolha por Dom Fernando Saburido feita pelo Vaticano talvez tenha sido uma das mais importantes na gestão Bento XVI. Por quê? Dom Fernando é agregador e gosta de refletir sobre religião e a fé cristã, dialogando, escutando e agindo cordialmente. Ou seja, um conciliador que fará com que muita gente volte a frequentar à AOR, vendo de forma mais humana e democrática.

Digo isso, sem a menor dúvida! O estilo de ser de Dom José Cardoso Sobrinho, de deixar várias perguntas sem respostas, de tomar decisões polêmicas e, não raras vezes, agir muito formalmente no trato com as pessoas, entre outras atitudes, só fez afugentar fiéis da igreja. Eu trabalhei na AOR, como estagiário de jornalista, entre os dias 01 de março de 2002 e 31 de junho de 2003, e via isso perfeitamente. A distância era muito grande dos católicos para Dom José Cardoso.

Como estagiário, apesar de meus vacilos naturais decorrentes do crescimento profissional que estava vivenciando naquele momento, eu buscava trabalhar muito, movido não só pelas responsabilidades contratuais, mas, também, pelo desejo enorme de ver uma Igreja Católica local mais próxima dos seus fiéis. Na época, o bispo auxiliar da AOR era justamente Dom Fernando Saburido que, apesar da timidez, sempre que podia, dialogava com a Pastoral da Comunicação da qual eu fazia parte, juntamente com mais cinco pessoas, motivando-nos a enfrentar os obstáculos e a nos empenhar cada vez mais para fazermos bons trabalhos e sermos profissionais de qualidade.

Com poucas palavras, bastante atenção a todos que o procuravam e uma sólida ligação com Dom Hélder Câmara, Dom Fernando Saburido fazia as pessoas terem satisfação em conversar com ele. Algo imprescindível, principalmente, no mundo atual. Por todas essas características democráticas, a decisão do Vaticano pela nomeação de Dom Fernando foi certa!

Nascido no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, Dom Antônio Fernando Saburido é da ordem dos beneditinos. Em 2000 ele foi ordenado bispo por Dom José Cardoso Sobrinho. No mesmo ano, assumiu a função de bispo auxiliar da arquidiocese de Olinda e Recife. Desde 2005 é bispo de Sobral, no interior do Ceará.

Texto de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – 12.07.2009 (atualizado em 14.08.2009)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Artigo sobre o diploma de Jornalismo: UM GOLPE CONTRA DEMOCRACIA


Artigo sobre o diploma de Jornalismo: UM GOLPE CONTRA DEMOCRACIA

A grande burguesia dos meios de comunicação acaba de extinguir, por meio da questionável competência do STF, a exigência do diploma de jornalista para o exercício da profissão. Trata-se de um golpe contra o Estado de direito democrático. Trata-se de um caso de lesa-opinião pública que, não fosse trágico e perigoso para a democracia (mesmo essa de corte elitista e liberal), deveria ir para os anais jurídicos como uma das mais peças mais hilariantes e falaciosas da história do Supremo.

O argumento fundamental do ministro Gilmar Mendes é que a exigência do diploma cerceia a liberdade de imprensa. Para "ilustrar" sua tese, lembra que a lei que determinou a exigência do diploma foi editada em 1969, portanto, durante o regime autoritário. O argumento é falacioso e o exemplo é descabido. Em primeiro lugar, o douto togado confunde liberdade de imprensa com a não exigência do diploma. Em seu distorcido argumento, a inexistência da obrigatoriedade do diploma é condição para aquela liberdade (e ainda a de expressão e de opinião) se materializar. Em segundo lugar, nosso sábio jurisconsulto descontextualiza o que foi a exigência sob o regime militar e o que é, hoje, quando vivemos sob uma democracia que busca se consolidar. (Essas e outras decisões "supremas" mostram como estamos ainda numa semidemocracia).

O jornalismo já é uma das profissões mais abertas, dado que há muitos meios de exercê-lo sem a necessidade do diploma, restando apenas algumas poucas funções exclusivas do profissional habilitado em curso superior. Como o STF acatou a iniciativa dos empresários da comunicação, temos agora legalizado um golpe à liberdade de expressão, mesmo nos seus limites político-ideológicos burgueses. Se a dita liberdade de imprensa é uma ficção burguesa, dado que somente o grande capital pode exercê-la de fato (pois monopoliza as grandes redes de rádio e TV, em conluio com a aristocracia política), imagine agora o cerceamento à liberdade de expressão com a inexorável e progressivapresença de porta-vozes dessa mesma burguesia política e empresarial com a idéia fixa do livre mercado acima de tudo e de todos.

Se formos rigorosos e coerentes (conforme a "lógica" pretensamente jurídica do STF), não há necessidade do diploma de Direito para exercer a advocacia, nem se tornar juiz, procurador ou ministro do Supremo. Afinal, são ambas as profissões meras "artes": a de jornalista, a arte de escrever: a de advogado e similares, a arte de falar e escrever. E também não há necessidade de diploma para os economistas, assistentes sociais, publicitários etc (afinal, em quê um eventual prejuízo destes à sociedade poderia ser diferente do prejuízo de um jornalista à mesma, para que seja exigido o diploma daqueles, e não deste?). Quem desconhece, aqui, os graves prejuízos que o jornalismo pode fazer às pessoas e instituições? Quem pode esquecer a TV Globo e jornalões escondendo da opinião pública a campanha das Diretas, já? Quem não sabe que o jornalismo de TV e Rádio é monopolizado pelos políticos e empresários? Vocês sabiam, por exemplo, que está tramitando no Congresso Nacional um projeto de lei para unificar os fusos horários brasileiros, em função do interesse da grade de programas das grandes emissoras? O STF está judicializando assuntos que fogem de sua alçada, como é o caso de ofender com esta estúpida decisão liberdades consagradas no texto constitucional. A democracia corre perigo quando uma corte toma decisões autoritárias com o apoio de procuradores federais, juízes e, é claro, a chamada grande imprensa venal e do capital, que manipula e distorce fatos para defender interesses escusos e elitistas da velha direita.

Outro argumento canhestro: jornalismo é uma "arte", como a arte literária, apenas diferenciada porque se materializa dentro de uma empresa que paga (mal) aos seus assalariados (que serão demitidos para serem substituídos por apaniguados). Como dissemos, o diploma nunca impediu a liberdade de imprensa, nem de expressão, nem de opinião (que são diferentes tipos de liberdade, não necessariamente complementares). Pelo fato de ser uma profissão aberta, milhares de profissionais estão empregados sem a necessidade de diploma (muitos, infelizmente, fazendo jornalismo marrom, puxa-saco, aético). O diploma nunca impediu ou cerceou quaisquer daquelas liberdades (muitas, apenas no papel, mas por causas materiais, exatamente capitalistas).Ao mesmo tempo, jornalismo é uma técnica de redação, não uma arte, um trabalho diletante e romântico. Exige a ética da comunicação, conhecimentos dos gêneros jornalísticos, redação e locução com técnicas específicas etc. Mas, diante do avanço autoritário dessa corte de iluminados juristas, propomos, sob a mesma lógica, que seja extinta a exigência do diploma de Direito para o exercício da liberdade de representação perante o Estado ou outrem. Afinal, no fundo, apesar da arrogância e pretensão desses togados, não há nada nos livros jurídicos que não possamos aprender sem a necessidade de um curso de Direito.

Se o Congresso não criar uma lei que reestabeleça a exigência do diploma, só restará a liberdade de opinião nas assembléias e reuniões públicas. E talvez devamos temer até por esse direito, pois vejo que ações e idéias reacionárias estão começando a convergir nas várias instâncias dos três poderes, talvez temendo o avanço da nossa luta contra-hegemônica a essa ordem política e social de atraso e violência.

OBS: Este artigo passou por diversos importantes mídias brasileiros de internet no ano de 2009.

Texto de Roberto Numeriano (
roberto.numeriano@gmail.com), jornalista pernambucano renomado; professor universitário de importantes universidades de Pernambuco; pesquisador em comunicação social; doutor em Ciência Política; membro do Comitê Estadual (de Pernambuco) do Partido Comunista Brasileiro (PCB); e um grato e importante novo colaborador deste blog - “Também devemos lutar por uma nova Lei de Imprensa que garanta o exercício democrático e ético da nossa profissão” (Roberto Numeriano).

sábado, 4 de julho de 2009

Show do Pagunça todos sábados em Boa Viagem (Recife-PE)


Show do Pagunça todos sábados em Boa Viagem (Recife-PE)

Uma das maiores referências do Pagode Pernambuco! O grupo de Pagode de Pernambuco que mais vendeu discos (mais de 120 mil cópias)! O grupo que conseguiu apresentações em programas nacionais em algumas das maiores emissoras do País e do mundo. O grupo que fez (e faz) parte da vida de muitos pernambucanos com suas canções que (em sua maioria, mais de 90%) falam de amor, romantismo e descontração equilibrada, sem excessos, mas com muita alegria, alto astral. É isso aí, pessoal! Estou falando do Pagunça que, desde o dia 27 de junho de 2009, começou o projeto Sábado no BAR PADARIA. O trabalho segue por todos os sábados seguintes, sem previsão para o seu término. A apresentação do Pagunça terá a participação do Samba de Roda do Patusco e, ainda será oferecido Clone de Chopp (até as 18h). O Bar Padaria (local das apresentações) fica localizado na Av Conselheiro Aguiar, 793, Boa Viagem, Recife, Pernambuco. O telefone de contato é o (81) 3467.7777. Já conferi várias vezes o show do Pagunça! Vale a pena conferir!

Texto de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – 04.07.2009

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Doar medula óssea só faz bem!



Doar medula óssea só faz bem!

Postagem de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – 02.07.2009 (depois de ter recebido material de divulgação em meu e-mail: emcomunicacao@hotmail.com )