domingo, 17 de janeiro de 2010

RETROSPECTIVA DO BLOG DO EDUARDO MAIA: Fanfarra para Cidadania







RETROSPECTIVA DO BLOG DO EDUARDO MAIA:

Fanfarra para Cidadania

Eu vi, presenciei e me emocionei. Uma história que vale a pena ler de novo. Aconteceu em maio de 2008...

Continuando a reflexão sobre “Música com Cidadania”, uma outra forma musical de alcançar este propósito é com a fanfarra. Mas você pode me perguntar: “O quê?”, “E pode?”, “Farra com cidadania?”. Aí eu respondo: claro que sim! Mas calma que eu vou explicar. Fanfarra não tem nada haver com farra no sentido literal da palavra, mas sim, com um tipo de banda que utiliza menos instrumentos musicais que uma banda marcial. Aqui no Estado de Pernambuco, assim como a banda marcial, a fanfarra também é muito difundida nas escolas, principalmente, as públicas, existindo até campeonatos. Um exemplo claro e cada vez mais real deste tipo de conjunto musical é a Fanfarra Ageu Magalhães (Fama), da escola estadual de mesmo nome que, neste seu primeiro ano de existência, já se apresentou até fora de Pernambuco, mais precisamente, em Sergipe.

Fundada pelo professor de música, Hélio Barbosa Ferreira, com 22 anos de experiência em fanfarra, a Fama reúne hoje 70 integrantes, entre alunos e pessoas da comunidade. É impressionante a dedicação de todos eles nos ensaios que acontecem todas as terças, quintas, feriados e sábados, no período da tarde ou, de acordo com a necessidade, durante todo o dia. Termina sendo um ponto de encontro, servindo também de integração social para se exercer a cidadania. “O objetivo principal da Fama é ajudar na formação de cidadãos, através da consciência da musicalidade, da responsabilidade com os horários, do estímulo para as novas descobertas e da crença de que todos nós podemos alcançar nossos objetivos”, destaca Hélio Barbosa. De acordo com a integrante da Fama, Maria Ester Silva, a fanfarra já faz parte de sua vida. “Adoro participar desta atividade. Não só me beneficia como membro do grupo musical, mas, principalmente, como pessoa”, afirma.

A Fama, assim como a Banda Marcial da Escola Dom Bosco (Coorporação Musical Dom Bosco) também é beneficiada pelo Programa Escola Aberta do Governo do Estado. Ela funciona na Escola Estadual Ageu Magalhães, que fica localizada na Estrada do Arraial, ao lado da Escola Estadual Dom Bosco, em frente ao Sítio da Trindade, no bairro de Parnamirim, em Recife-PE.

DIFERENÇA PARA BANDA MARCIAL - Existe uma diferença técnica entre a fanfarra e a banda marcial. Por exemplo, na fanfarra não se usa trombone com três pistons, como na banda marcial. Porém, para Hélio Barbosa, a principal diferença é na quantidade dos tipos de instrumentos musicais. “A fanfarra requer menos instrumentos musicais e o seu custo de manutenção é bem menor”, observa o professor. Apesar da fanfarra ser mais simples, o seu dinamismo musical é tão interessante quanto o de uma banda marcial. Tudo vai depender de como se trabalha a sonorização dos instrumentos e o entrosamento do grupo. O mais importante é que todas estas formas musicais contribuem para mobilização social, cidadania. Vale a pena conhecer e participar!

Mais informações com Hélio Barbosa Ferreira, pelos telefones: (81) 9945.5527 ou (81) 3441.7230.

Texto de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – 12.05.2008 (revisado em 17.01.2010)

RETROSPECTIVA DO BLOG DO EDUARDO MAIA: Música com Cidadania






RETROSPECTIVA DO BLOG DO EDUARDO MAIA:

Música com Cidadania

Eu vi, presenciei e me emocionei. Uma história que vale a pena ler de novo. Aconteceu em maio de 2008...

Quem disse que com música não se pode exercer cidadania? Pois bem, quem está dando um exemplo claro de que esta ideia não faz sentido são os integrantes da Banda Marcial da Escola Estadual Dom Bosco (Coorporação Musical Dom Bosco), localizada na Estrada do Arraial, no bairro de Parnamirim, em Recife-PE. Graças ao programa Escola Aberta, os alunos e membros da comunidade estão tendo a oportunidade de aprender a tocar instrumentos musicais; aprofundar seus conhecimentos estudando e ensaiando; e, conseqüentemente, buscar ser mais cidadãos, correndo atrás de seus objetivos e acreditando em seus potenciais. “A principal razão desta atividade é que o jovem sinta-se mais cidadão”, afirma o professor Wilton Lima, responsável pelos ensaios.

Porém, pelo que a reportagem presenciou durante o ensaio, as aulas não estão só deixando os jovens mais conscientes de suas cidadanias. Com inúmeras variações musicais, do erudito ao popular, os integrantes da banda marcial têm afinidade e entrosamento muito bons. Tudo isso, fruto de vários ensaios. “Todo sábado e domingo, das 14 às 18h. Quando tem eventos, em dia de semana também”, observa Wilton.

De acordo com o integrante Rodrigo Rafael de Lima (não está na foto), a banda representa muito para sua vida, pois foi com ela que aprendeu a usar um instrumento musical. “O professor e os colegas me ensinaram e me motivaram a tocar trompete. Com isso realizei meu sonho de fazer parte de uma banda marcial”, emociona-se. Não é a toa que o grupo existe há cinco anos. “A música é um dos compromissos com a comunidade”, destaca a coordenadora do PEA na Escola Dom Bosco, Vera Lúcia Ferreira.

No dia 10 de maio, a Banda Marcial da Escola Dom Bosco (Coorporação Musical Dom Bosco) se apresentou, às 16h, na abertura dos Jogos Cooperativos, na quadra da escola estadual que representa. Foi muito legal! A banda tocou muito bem, mostrando que está melhorando, cada vez mais, a sua música, com repertório diversificado. Valeu a pena assistir!

Em tempo, vale lembrar que existem campeonatos de bandas marciais em todo o Estado de Pernambuco, principalmente, na Região Metropolitana do Recife. Os encontros são bastante disputados e sem confusão, mobilizando comunidades e, principalmente, escolas públicas. Aí vale uma pergunta: por que poucas bandas marciais de escolas particulares participam de disputas deste tipo?

CURIOSIDADES - o formato das escolas de samba, principalmente o atual, tem como origem as bandas marciais. Exemplos: comissão de frente, músicos, perfeita harmonia entre os integrantes, coreografia detalhada, alas, entre outras características. Interessante, não é?

Mais informações com Vera Lúcia Ferreira, pelo telefone (81) 3441.0111, das 8 às 21h; ou com Wilton Lima, pelo telefone (81) 8635.4991.

Texto de Eduardo Maia, jornalista (DRT-PE: 3.444) – atualizado em 11.05.2008 (revisado em 17.01.2010)